Divinópolis, cidade pacata das Gerais, vida tranqüila, igreja, sorveteria, coreto.
Rua Augusta, o maior complexo de entretenimento adulto do Brasil, sauna, massagens, nudez, prostituição.
O dia em Divinópolis começa cedo, o jornaleiro, o leiteiro, o galo que canta...
O dia na Rua Augusta termina cedo, o sol iluminando o rosto das putas já com a maquiagem borrada pelo ofício, o trólebus anunciando o novo dia...
Meninos e meninas vão à escola uniformizados em Divinópolis, tênis branco, saia ou calça azul-marinho, camiseta do colégio Roberto Carneiro.
Dentre tantos alunos, uma menina se destaca, séria, rígida, moralista, recatada, a nora dos sonhos da sociedade divinopolitana, seu nome: Patrícia.
Homens e mulheres fazem escola na Rua Augusta, coxas à mostra, seios nus, um desfile de corpos sedentos de sexo.
Dentre tantos pecadores, uma mulher se destaca, gostosa, sensual, libidinosa, das putas a mais desejada, seu nome: Patrícia.
Dois mundos tão distantes, realidades tão paradoxais, mas uma, ah... só uma Patrícia.
3 comentários:
"Salve salve" Patrícia!
Conheci uma outra Patrícia bem assim. (Como a primeira versão, é claro...rs)
Acho que as putas da Augusta não são sedentas de sexo. São miseráveis ou quase miseráveis que preferem ganhar 2 mil reais por mês vendendo a dignidade a ser cobradoras de ônibus por 500. Talvez porque querem dar uma TV de 29 polegadas à filha de 4 anos.
Interessante o autor confessar sua religiosidade ao dizer que essas putas estão entre os "tantos pecadores", embora reconheça (também em confidência...) que ela é uma "gostosa" e "das putas a mais desejada".
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